Obesidade Mórbida - Quando o excesso de peso passa da conta

A maioria das pessoas já teve fases na vida nas quais se sentiu um pouco acima do peso. A maioria das pessoas, com certa consciência sobre esse assunto, já resolveu este problema até que de formas simples. Exercícios físicos, equilíbrio na alimentação e um pouco de boa vontade, geralmente, resolve a questão.

Porém, há pessoas que, por diversos motivos, se veem numa situação na qual o excesso de gordura corporal ultrapassa limites aceitáveis para que se possa ter uma vida normal, privando o indivíduo de suas ações rotineiras como  locomover-se, realizar atividades de trabalho, realizar uma viagem ou praticar atividade sexual, por exemplo.

 A esse estado denominamos "obesidade mórbida".



O QUE VEM A SER?

Conceitualmente, um obeso mórbido é aquele cuja quantidade de gordura corporal ultrapassa de 40 pontos o seu índice de massa corporal (IMC), que é nada mais do que a medida da quantidade de matéria da qual o corpo de uma pessoa é composto. Esse número é obtido dividindo-se o peso pela altura ao quadrado do indivíduo. 

Ninguém pode viver com um corpo que tenha 0% de gordura. A gordura tem sua importância na manutenção da saúde de um indivíduo, como o equilíbrio da temperatura e na composição de alguns hormônios. O problema é quando a quantidade de gordura ultrapassa os limites do saudável e do necessário, levando ao desenvolvimento de doenças crônicas e graves como hipertensão, diabetes, excesso de colesterol no sangue (hipercolesterolemia),problemas nas articulações, apneia do sono, problemas de infertilidade nas mulheres, impotência nos homens, trombose venosa e depressão.

Além de estarem sujeitos a todas essas complicações, os obesos e obesos mórbidos passam por constrangimentos sociais e de convivência como discriminação, dificuldades em encontrar roupas de tamanhos apropriados, dificuldades em passar por roletas de transportes coletivos e em encontrar poltronas em aviões, bullying, impossibilidade em amarrar os cadarços dos próprios sapatos e em realizar a própria higiene pessoal.

O ápice acontece quando a pessoa fica restrita a sua casa e ao seu quarto, sem sair, sem andar, com uma aparência deformada e dependendo totalmente de outros para comer, tomar banho e realizar suas necessidades fisiológicas.




COMO TRATAR?

Tratar um obeso mórbido é uma ação que envolve uma equipe multidisciplinar, composta por médicos e outros profissionais como psiquiatras e fisioterapeutas. 

Há necessidade de cuidar do corpo e mente do doente. Prepará-lo para a grande transformação que acontecerá com seu corpo que envolve, além da perda da gordura (que às vezes chega a mais de 50 kg, só de gordura) uma mudança radical na própria aparência e no modo como a pessoa vai se relacionar com essa nova imagem.

O tratamento da obesidade mórbida é feito por processo cirúrgico.

Geralmente, as cirurgias têm por objetivo reduzir o tamanho do estômago e, em alguns casos, de estômago e intestino, de modo que o paciente passe a ingerir quantidades extremamente reduzidas de comida e líquidos. 

O período pós operatório é bastante delicado e longo. O paciente necessita de acompanhamento médico e psicológico.

Na maioria dos casos ocorre uma perda de peso muito acentuada nos primeiros meses. Com o passar do tempo, algumas cirurgias plásticas reconstrutoras se fazem necessárias, para retirar os grandes excessos de pele flácida que, antes, abrigavam os depósitos de gordura.




VIDA NOVA

Há tempos o ser humano não vem tendo uma boa relação com a comida. Excessos alimentares aliados ao sedentarismo vêm formando uma legião de obesos e, também, obesos mórbidos. 

Sabemos que a obesidade também pode ser causada por fatores genéticos, porém, o desenvolvimento de uma consciência dos bons hábitos saudáveis envolve questões culturais e de educação. Principalmente de uma educação alimentar.

A obesidade já é considerada um problema crônico de saúde. 

Cuidar da alimentação é cuidar da saúde. Na teoria, todos sabemos disso. Na prática, deixamos a desejar.

Falamos tanto em felicidade... Mas, se quisermos realmente viver uma vida feliz, temos de ter a sensibilidade de cuidar bem da principal ferramenta que pode nos ajudar a proporcionar essa tal almejada felicidade: o nosso próprio corpo.



 

 

 

  



 

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