Você tem fome de quê? Comidas estranhas ao redor do mundo

Nenhum ser vivo vive sem alimento, isso todo mundo sabe. Nós, seres humanos, ao longo da nossa evolução e adaptação à vida no planeta, desenvolvemos um modo bastante peculiar de nos alimentarmos, primeiro como caçadores e, depois, dominando a agricultura, o manejo e cultivo dos alimentos. Nos tornamos onívoros, ou seja, gostamos de comer de tudo.
Porém, esse "de tudo" pode parecer um tanto estranho e nojento para a maioria de nós, que tem hábitos alimentares, digamos, "normais".
Você seria capaz de comer qualquer coisa? 

Espetinho de quê?
Queremos deixar claro que, neste post, não vamos discutir a cultura de cada lugar. Cultura é cultura e deve ser respeitada. Nosso objetivo é apenas demonstrar a variedade de gostos e alimentos que existe em países diversos e que, para nós, podem parecer um pouco estranhos.

A China é um país conhecido por utilizar ingredientes bastante bizarros em sua culinária. Porém, ao redor do mundo, não é o único país que gosta de cozinhar insetos, larvas e ovos com embriões bem desenvolvidos para comer.

Espetos de Artrópodes: Podemos, para ilustrar o que será descrito, usar o termo Artrópode, que designa o Filo dos insetos e aracnídeos pois, na China, na famosa feira rua Wangfujing Dajie (em Pequim-Beijing), podem ser encontrados espetos de insetos diversos como gafanhotos, além de escorpiões, larvas e camarões. Já se diz que os chineses têm diminuído bastante o consumo desse tipo de alimento que, para nós brasileiros, é muito diferente.

Outras coisas estranhas

Fugu: Fugu é um sashimi (peixe cru cortado em fatias, para quem não sabe), de um tipo de baiacu que produz, em suas vísceras, um veneno potente e letal (tetrodotoxina), que é resistente ao cozimento e que mata em 24 horas, no caso de ser ingerido. Observação importante: não existe antídoto.



Essa iguaria é comida no Japão e os sushimen recebem um treinamento bastante rigoroso para poder receber a autorização de fazer esse prato. Detalhe... o curso dura 3 anos e apenas 30% dos inscritos são aprovados. 

Comer um fugu é um risco que deve ser bem avaliado.

Camarões bêbados: existe, na China, um hábito de se comer animais vivos, entre eles, camarões. Porém, os bichinhos costumam reagir quando se tenta capturá-los. 

A estratégia pensada para evitar a "briga" com o camarão foi de deixá-los de molho em bebida alcoólica. Assim, o bichinho fica entorpecido e muito mais fácil de ser comido.

Balut: Balut é o nome dado, nas Filipinas, para a ingestão de uma iguaria muito comum que é ovo de pata.

Porém, não é apenas um simples ovo de pata. É um ovo de pata com um embrião bem formado dentro (digamos, um patinho), que é cozido e comido na casca, tipo um ovo quente, desses que muita gente costuma comer no café da manhã.

É vendido na rua e uma iguaria bastante tradicional. 



Sannakji: Essa palavra estranha se refere a um prato coreano que, primariamente, parece bem simples. É comer polvo. A única diferença é que eles comem o polvo vivo.

Esse hábito pode ser classificado quase como um esporte radical, já que existem relatos de pessoas que morreram asfixiadas ao comer a iguaria, pois os tentáculos do polvo possuem ventosas que grudam na garganta dos glutões, impedindo a respiração. 

A questão é que o povo que gosta de comer isso jura que o maior barato é, justamente, sentir os tentáculos do polvo mexendo goela abaixo. Mesmo sabendo que, para não correr o risco de morrer asfixiado, a "dica" é mastigar exaustivamente os pedaços. Mas, tem gente que insiste em engolir os tentáculos inteiros. Vai entender...

Vinho de Pênis de Veado: Mais uma da China, citaremos essa bebida apenas por curiosidade. É um licor que, dizem, tem um sabor maravilhoso. A questão é que, dentro do recipiente, eles deixam flutuando um imenso pênis de veado. Há relatos de que a bebida é afrodisíaca (com um pênis dentro, essa dedução é bastante óbvia). Porém, foi proibida durante as olimpíadas de Pequim porque poderia conter substâncias detectáveis no exame antidoping.

Aqui no Brasil, com toda certeza, viraria piada pronta.



Carne de cavalo e salame de carne de burro: Navegar nos canais de Veneza, na Itália, deve ser o sonho de consumo de muita gente por aí. Mas, ao pensar em alguma coisa para comer, se a opção for por um suculento bife, pergunte de qual animal ele é.

É muito comum, em Veneza, comer carne de cavalo. Bastante rica em ferro, pode ser encontrada nos charmosos bares da região. Os gondoleiros costumam levar os turistas para experimentar a tal carne. Além da famosa carne de cavalo, há também o salame de carne de burro. 

Para quem quer se aventurar pela culinária alternativa, fica a dica.

Comida e o futuro da humanidade

Tudo isso que foi descrito acima é apenas uma pequena mostra de quanto podem ser estranhos, para nós brasileiros, os hábitos alimentares distribuídos pelo mundo afora. 

Porém, já existe uma discussão bastante séria sobre o futuro da humanidade com relação a produção de alimentos. 

Sabemos que há muita fome no mundo e que, num futuro próximo, a produção de alimentos crescerá de modo inversamente proporcional ao aumento de pessoas.  




Talvez as larvas e insetos, ricos em proteínas e muito mais fáceis de serem produzidos em larga escala, já que se reproduzem muito rápido, possam ser parte da alimentação de todos nós. Isso porque se sabe que a pecuária é uma prática cara e que consome muito dos recursos naturais disponíveis e cada vez mais escassos.

Você ficou sem fome? Ou sentiu vontade de comer um belo prato do bom e velho arroz com feijão... e só....

Bom apetite!!